A Linha do Tempo

 Em ancoragem, aprendizado, autoconhecimento, balanço, caminho próprio, carreira, escolha, filhos, gratidão, jornada, memórias felizes, raízes fundas, reflexão, Viver Mais Simples

Meu filho está de escola nova.  E eu, enamorada -entre outras coisas-  de seus maravilhosos deveres de casa.

Um deles foi fazer sua linha do tempo: resgatar um grande acontecimento para cada um de seus seis anos de vida.
Ficou assim:
Um ano: aprendi a andar
Dois anos: aprendi a falar.
Três anos: minha irmã nasceu
Quatro anos: vim para o Rio de Janeiro
Cinco anos: aprendi a jogar futebol.
Seis anos: aprendi a ler e a escrever.
Seis anos já tão repletos de realização e memórias felizes. Seis anos incríveis.
Foto: Lucrécio Brasil
Em tempos de facebook, podemos nos esquecer de nossa real linha do tempo.
Não aquela sucessão de eventos aleatórios e -vamos confessar, irrelevantes- que recheam nossa vida e nossas páginas em redes sociais.
Nossa real linha do tempo. Aquela de fatos memoráveis. Sejam pequenos acontecimentos onde reside a poesia do dia a dia. Sejamos momentos decisivos onde nos transformarmos em outro nós.
Desta combinação de grandes e pequenos é feito a nossa vida. Nossa vida concreta, nua e inexata. Sem as belas ilustrações do Pinterest.  Onde a opção curtir é um abraço apertado. Onde o compartilhar é na mesa do café da amanhã demorado.
Por esquecemos de nossa linha do tempo, nem sempre honramos o caminho que nos trouxe tão longe.
Muitas vezes, um sentimento de impossibilidade surge no coração e pesa. Mas pesa menos, se relembramos o que realmente fez sentido na nossa vida.
Não vou apinhar estas páginas com 39 linhas, mas segue  minha linha do tempo com alguns momentos importantes para mim, nesta jornada.
1973: Nasci.
Cinco anos: morei no Japão.
Seis anos:  Primeira pessoa querida morreu (meu tio Itê).
Nove anos: meus pais se separaram. Minha avó publicou meu primeiro livro.
Doze anos: Meu pai se casou novamente. Voltamos a morar no Rio.
22 anos: comecei a trabalhar na Souza Cruz, como mais nova  (e primeira mulher) gerente de vendas do Rio.
25 anos: casei-me e fui morar em Londres
29 anos: mudei-me para São Paulo, pela Johnson & Johnson.
32 anos: tive o meu primeiro filho.
35 anos: tive minha filha.
36 anos: comecei o viver mais simples.
38 anos: separei-me e casei de novo com o mesmo(?) marido.
39 anos: finalmente compreendi minha vocação: ser organizadora de ideias.
Foto: Simxer Fernandes
Esta é a minha vida. E você? Como é a sua linha do tempo real?
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Showing 6 comments
  • Patricia
    Responder

    O nosso lindo Leo só esqueceu de dizer que ele próprio tem sido um grande acontecimento na vida de muita gente desde que nasceu. Eu, por exemplo, gastaria muitas linhas só para contar as alegrias que ele me proporciona. Mas devo dizer que há seis anos, ao olhar pra ele pela primeira vez, eu entendi plenamente a declaração da minha mãe em 1973 quando nasceu a mãe do Leo: "amor de avó é uma coisa inexplicável".

  • Responder

    Que bom um comentário seu por aqui…
    Vamos celebrando a alegria destes filhos/netos tão iluminados.
    O post de quinta fala deles também…
    Beijos,

    Leticia

  • Luiz Henrique
    Responder

    Uma imagem vale mais que mil palavras, ainda que seja difícil dizer essa frase com uma imagem. Mas se a imagem é da Clarinha Gomes vale.

  • Anônimo
    Responder

    Emocionante!
    Muito pertinente, coerente e inspirador em tempos de Páscoa: Vida Nova !
    Vou espalhar pelas linhas da minha rede !
    beijos
    Erica

  • Responder

    Compadre: que bom que nossa amizade é real! Entre cafés no Saara e reveillons na cobertura, vamos experimentando a delícia de estar presente com quem se ama!

    Comadre, Vida nova. Sempre. Juntas!

  • Anônimo
    Responder

    Liiiindo Le! Amei! E, acredito que há uns 2 anos, conheci você :)!!! Obrigada de coração. Bjs

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