Dinheiro: quem é mesmo o dono de quem?

 Em finanças, gratidão

2014 não tem sido um ano fácil, no assunto bolso. Copa do Mundo, desconfiança do mercado, excesso de feriados e outros contratempos…  Tudo isso prejudica minhas receitas de profissional autônoma.
Não sou de contar com loterias, então decidi contra-atacar.
Para aumentar ganhos, estou plantando sementes, escrevendo propostas, tendo ideias, fazendo parcerias. Mas sabia que não era suficiente. Também era preciso enfrentar os gastos.
Pedi ajuda.
Iniciei um Grupo de Estudos sobre Família e Dinheiro com a terapeuta Zeneide Jacob Mendes.
Fiz um curso de Finanças Pessoais com Eduardo Amuri.
Zeneide e Eduardo mudaram minha percepção sobre dinheiro. Aqui compartilho o que aprendi de mais valioso com eles.


A história da nossa família influencia como usamos o dinheiro.
Nossa história familiar, suas crenças e valores influenciam nossos padrões de consumo e economia. Fracassos e vitórias de nossos ancestrais nos marcam. Por isso é preciso conhecer esta história e desmistificá-la. Isso nos liberta.
Escrevi duas cartas sobre minha família, dinheiro e trabalho. Ao construir estas narrativas, percebi minhas armadilhas e também minhas fortalezas.
Escolhi abrir mão do meu lado “baronesa após tempos áureos”, que me convidava a viver das glórias passadas (no caso, meu dinheiro guardado), ao invés de adequar meu estilo de vida a minha nova renda, em progresso, mas ainda incipiente.

Dinheiro tem muitos significados ocultos.
 Prêmio, castigo, reconhecimento. Status, martírio ou algo para se “renegar”.  O significado que atribuímos ao dinheiro impacta como nos relacionamos com ele e muitas vezes está invisível. Desvestindo-o destas cargas, podemos nos relacionar com ele mais genuinamente.  Quando me despi do manto de baronesa e assumi que sou uma profissional recomeçando, pude abrir mão de despesas inúteis, que apenas “douravam” minha pílula aos olhos dos outros (inclusive meus filhos).
Também entendi mais claramente que usava o dinheiro para ser generosa, quando posso buscar outras formas menos caras de expressar meu amor e apreço (cozinhar uma receita, escrever um texto, imprimir uma foto dos meus filhos para os avós…).

Dinheiro é bom e preciso
Nossa cultura cristã/brasileira/latina não favorece a conversa sobre dinheiro. É algo “sujo”. Se sobra, não podemos falar nele, seria ostentar.  Se falta, tampouco, seria vergonhoso.
Eu já fiz as duas coisas. Ostentar e ter vergonha. Não mais.
Tenho conversado sobre dinheiro com as pessoas mais diversas e ocasiões idem. Sim, muitas vezes sinto um constrangimento no ar.
Mas também me sinto cada vez mais livre para falar. E ouvir. Ouvir dicas e histórias que mostram que a maioria de nós está brigando com o excesso ou falta de dinheiro, de alguma forma.
Não é vil, este metal. É útil, mesmo não sendo tudo.
Aprendo a falar sem pudores sobre remuneração. Aprendo a negociar preços de alma lavada, sem melindres.
O resultado é claro: melhores pagamentos e menores desembolsos.

Medidas práticas podem te ajudar a ter uma relação melhor com dinheiro
Há muita ciência por trás das finanças. Amuri sintetizou no seu  curso alguns conhecidos preceitos da gestão financeira e psicologia econômica.
Razão e Emoção: As decisões financeiras são sempre emocionais. Apenas as justificamos com argumentos racionais.
De milho em milho, a galinha enche o papo: Pequenas economias geram grandes economias (comecei a importar-me com o preço das coisas de baixo valor e a também apreciar economias em pequena escala. Os resultados são impressionantes).
Não use cartão de crédito: gastar dinheiro em espécie ativa a mesma área do cérebro responsável pela dor. Resultado? Compramos menos por impulso se usamos “cash”.  Em um mês, economizei dez vezes o que ganharia em milhas.
Concentre saques e use dinheiro de verdade: 1) Faça uma estimativa de seu  gasto mensal. 2) Saque o dinheiro e divida em envelopes semanais. Eu estou sacando toda a semana uma quantia fixa. E economizando uma barbaridade.

Sobre trabalho, Amuri tem dicas bem específicas para profissionais liberais e empreendedores:
Não misture dinheiro da empresa com dinheiro da vida pessoal. Isso eu já fazia e recomendo!
Se dê “aumentos” todo o ano. Profissional liberal não tem dissídio, mas investe na formação e sofre igual com a inflação.
Cobre com compaixão por si mesmo.  Se quiser ajudar o outro, considere uma cota de horas para trabalho social, mas tenha limites.
– Não tenha vergonha de divulgar seu trabalho, nem de cobrar o valor justo por ele.

Eu já tinha lido bastante sobre dinheiro, além de uma boa educação financeira recebida por meu pai. Mas precisava de um chacoalhão, já que a reserva dos tempos executivos escoava-se rápido, com previsão máxima de durar mais um ano.

Com a ajuda do que aprendi com Amuri e Zeneide, atingi resultados espetaculares nos últimos dois meses, a partir de mudanças em minha atitude e comportamento.
Alguns resultados:

– Economia média de 60% nos meus gastos semanais
– Redução a 10% do meu gasto com cartão de crédito
– Investir na minha previdência pessoal pela primeira vez após dois anos
– Idem para a previdência de meus dois filhos
– Mudar meu padrão de consumo:  local e perfil das compras de supermercado, redução de gastos por impulso ou inúteis.
Ainda assim, tenho ido ao cinema, comido fora eventualmente e vou viajar para os Estados Unidos em julho. Ou seja, minha vida está longe de ser uma ilha de privação.

Mais mudanças virão, todas iluminadas por este novo entendimento do que é realmente importante comprar e do verdadeiro valor de meu trabalho. Sinto cheiro de prosperidade…

Resumindo os passos que trouxeram tanto resultado a partir do trabalho com Zeneide e Amuri:

1) Escrever uma carta contando a história do dinheiro e trabalho em minha família, observando os padrões e crenças que estão nas entrelinhas.

2) Reduzir ao mínimo o uso de cartão de crédito

3) Usar o sistema de saques de dinheiro semanal

4) Aplicar “o lucro semanal” em projetos de curto e longo prazo (meu site, uma consulta médica mais cara, viagens, previdência)

5) Refletir e conversar sobre o dinheiro abertamente, desmistificando minha relação com ele. Na prática, negociando melhor meu preço e “pechinchando” com naturalidade.

Para quem quiser o auxílio luxuoso de Zeneide e Amuri, segue os contatos!

Eduardo Amuri estará em São Paulo no dia 18/5, com o mesmo curso que eu fiz e recomendo.
Inscrições AQUI. Mais sobre Eduardo, AQUI.

Zeneide Jacob Mendes atende em seu consultório e realiza grupos de estudo com o tema “O Tesouro da Família”. Entre em contato pela fan page ou através do telefone 021 2205-2956.

Sugestão de livros:
Como se preocupar menos com dinheiro (John Armstrong)
Mais tempo, Mais dinheiro (Christian Barbosa e Gustavo Cerbasi)
Minha Família e Meu Dinheiro (Organização Moisés Groisman, com Texto de Zeneide). Venda AQUI.

Blog: Getting Rich Slowly e Papo de Homem (coluna do Amuri)

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Showing 7 comments
  • Unknown
    Responder

    Adorei o texto. E o que mais gostei foi a inspiração que você nos passa da liberdade, da humildade e da grandeza de estar sempre aberta a novos aprendizados.

  • Claudia Ferrer
    Responder

    Muito bom Letícia ! Quanto aprendizado nessa caminhada. Parabéns !

  • Raphael Modena
    Responder

    O desconhecido aí de cima sou eu.

  • Responder

    Obrigada, Cláudia! Você faz parte desta história!

  • Responder

    Obrigada em dobro, amigo Raphael! Esta é a intenção! Inspirar liberdade, humildade e grandeza para todos que buscam um caminho nesta vida para chamar de seu!

  • Lu Vaz
    Responder

    A Zeneide é fantástica!!!

  • Responder

    Lu, assino embaixo, com gratidão!

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