Metamorfónelope

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A espada virou agulha.
Assim tem sido.

Uma lentidão de quem quer mais ver menino crescer do que desbravar oceano.
Uma saudade de casa, toda hora, uma vontade de dar colo e fazer janta.
O Ulisses está bem vivo, mas parece que dorme. E a Atenas, a Diana. a Mulher Maravilha.
São tempos de fazer sem pressa, ah, tentação mesmo de quase não fazer nada.
Tempos de menos, seguir o que o coração manda.
Paciência germinando, tristezas eventuais.
Crescem em mim Coras Coralinas e Manoeis de Barros.
O vaivém da linha colorida amarrando a vela do barco. O alinhavar das palavras costurando planos, possibilidades, vontades. Um de cada vez. De-va-gar.
A delícia de esperar, agora de ventre vazio de criança, mas prenho de sonhos.
Sei que é preciso sair da cadeira de balanço e ir roçar um pouco. Já vou.
Mas agora, só agora, remexo o mingau no forno, tiro a poeira da aldeia ancestral de onde nasci, mulher.

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