Qual é o seu nome?

 Em caminho próprio

Minha missão cada vez mais clara: ajudar pessoas a “tornarem-se quem são”.

Por que é difícil. Ser.

Todos os dias converso com pessoas em busca de uma vida coerente consigo mesmas. Lutando contra as vozes desafiadoras: “Você não vai conseguir”. “Você merece mais”. “Isto nunca foi feito antes”. “Este caminho não é seguro”. “Eu já fiz isso e deu errado”.

Nos piores dias, estas vozes parecem ser nossas. E acreditamos nelas.

Aí, aprendi com a mestra Regina Rapacci, é hora de perguntar: “Qual é o seu nome?”

Meu nome é Leticia.

Herdei de uma tia-avó, mítica na família. Ela me deu como dote poder ser um pouco diferente, pois havia feito escolhas diferentes antes.

Mas também me legou sombra: morreu jovem e longe da terra natal.  Então nosso nome evoca um final triste, mesmo com uma história de vida tão linda. E um preço alto para a coragem.

Mas a verdade é que passei minha vida escolhendo meu nome.

Que aspectos da tia-avó manter. O que fazer com o compromisso em ser alegria (o significado de Leticia). Sem contar o Carneiro da Silva.

Gosto (e uso profissionalmente) o Carneiro. Silva, me parece muito igual a todo mundo. Carneiro da Silva tem o peso da família quatrocentona do interior.

Também aprecio os apelidos: Lê. Let. Lelê. Titice (que era também o apelido de minha tia-avó e só usado por alguns poucos primos mais velhos e meu pai).

Além destes, nomes: Manhê ou Mããããe. Meu Anjo, como me chama meu marido (uma ironia ou doçura, chamar a esposa impaciente e espevitada assim…).

Quando casei da primeira vez, mantive o nome de solteira. Dizia “que já era famosa”. Aos 25 anos…

Alguns destes nomes, escolhi. Outros me escolheram.  Uns aquecem mais meu coração.

E com eles, inventei títulos. Organizadora de Ideias. Facilitadora de Aprendizagem Sócio-Emocional.

Ás vezes, me defino diferente: capricorniana, campista, flamenguista não-praticante. E estou sempre a ampliar o dicionário de Leticias: taróloga, facilitadora on-line…

Desta busca infindável e por vezes doída, encontro a compaixão pelas pessoas que buscam meu trabalho e meu apoio.

Como é difícil encontrar o nome que cabe a você. E honrar este nome. E protegê-lo dos Barba Azuis da vida.

Neste caminho, aprendo também o silêncio. O lugar onde meu nome é um sussurro.

Para que você possa bradar a plenos pulmões.

Qual é o seu nome mesmo?

 

 

 

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Showing 4 comments
  • Ângela Pieruccini
    Responder

    Toc toc
    Lindo esse texto

    • Leticia Carneiro
      Responder

      Pode entrar! A casa é sua! Obrigada por ser uma de minhas musas inspiradoras no caminho do autoconhecimento!

  • Martha
    Responder

    Oi Lê. Um lindo texto e uma excelente pergunta. bjbj

    • Leticia Carneiro
      Responder

      Ah, querida. Que bom te ver por aqui!

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