Tempo inédito

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Este é o tempo de novos.

Um amor novo, aos quarenta e quatro anos.

O luto inesperado pela partida de meu pai.

Meu corpo absorve o impacto destas estreias.

Conviver entre paixão e maturidade.

Tristeza e aceitação.

Estados paradoxais, abrindo portas desconhecidas.

Criando ondas que se chocam:

Alegria e sofrimento.

Êxtase e saudade.

Nostagia e gestar futuros.

Medo e serenidade.

Desenferrujo as páginas deste blog, percebendo que só a palavra me ajuda a atravessar tanta contradição.

Este é um tempo de nascimentos e mortes.

Nasce a namorada e a órfã. Morre meu pai e com ele, uma parte de mim. Morrem também as certezas confortáveis da vida “solteira”.  O outro é sempre mistério profundo, impossível de decifrar.

Lentifico-me e sinto pressa.

Preocupo-me e entrego-me.

Aceito a aparente incoerência disso tudo. Torno-me, assim, mais coerente com quem sou.

Uma alma nua, sob vento, fogo e chuva.

Abrigando-me na poesia, na coragem e na fé.

 

1 mês. 23 dias.

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