Ventania

 Em ancoragem, aprendizado, autoconhecimento, equilíbrio

“Eu não sei dançar
Tão devagar
Para te acompanhar”
Marina

Olho em volta, olho dentro de mim e vejo que estou em rebuliço.

Aprendi com meu amigo Guilherme Lito um pouco sobre o Ayurveda e seus “estados”. Ainda não aprendi o suficiente, mas já percebi que estou meio vento: desequilibrada, acelerada, intoxicada.

Hora de reajustar as velas.
Há quase três anos atrás, iniciei uma jornada que transformou tudo em mim. Meu corpo, meu trabalho, minha forma de estar no mundo.
Comecei um profundo processo de fazer menos, consumir menos venenos. Processo que me levou a emagrecer quase vinte quilos e ter as melhores noites de sono da minha vida.

Passado os primeiros meses em contemplação e experimento, chegou a hora de construir o novo capítulo da carreira. E no meio do caminho, o casamento também sofreu dramáticos reajustes.

A conta de tudo isso veio este ano. Doze quilos a mais.  Impaciência, aceleração, sono mais difícil.

Devagar, tateio pelo equilíbrio.
A ancoragem ajuda muito (terapia, co-corpar com quem é mais sereno do que eu).  Minha autoconsciência é pilar firme para eu não escorregar no oceano de minhas aventuras. Mas ainda falta. Ainda engulo um bocado de água no caminho.

Hoje acordei veloz.  Uma hora de hidroginástica na piscina, continuei  veloz.  Agora escrevo estas palavras para buscar uma pausa.
Que o próximo salto virá do silêncio da minha alma e da lentidão do bater do meu coração.
Ainda não consegui, mas há terra à vista.

Mesmo de pé com meu vento, eu vejo que chegarei lá.

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