Final de semana bem quietinha, fugindo de manifestações, movimentos, trocas.
Aqui, na proteção do lar, faço programas triviais: ver televisão, cozinhar, arrumar as coisas.
Tão repousante.
Ainda urgem tarefas, medidas, respostas.
Mas hoje, apenas hoje, recosto-me no sofá e fico imóvel.
O mundo continua a girar, amanhã já é uma nova segunda-feira.
Mas hoje, hoje não vou carregar nenhuma pedra, mover horizontes, inventar modas.
Hoje, acompanho com preguiça os ponteiros do relógio.
Descanso. Desfruto.
Há tanto a trilhar, há tanto por fazer.
Não hoje.
Hoje, deixo o universo mover-se por mim. As outras pessoas empunharem bandeiras. O marido levar meus filhos ao clube.
Hoje, nada.
Amanhã, ah, amanhã.
Veremos.