Ao meu redor

 Em Rio de Janeiro

Nesta caminhada acelerada de tantos de nós, muitas vezes deixamos escapar a beleza que mora bem aqui ao lado… E saborear nossa vizinhança pode ser um exercício valioso para acalmar o espírito.



Lucrécio Brasil



Quando cheguei, aos doze anos, mergulhava no mar depois da escola. Aos quatorze, frequentava o Parque Lage e até banho de chuva na praia do Leblon eu tomei.  Voltava a pé pela Lagoa, comia no Bob’s da Garcia D’Ávila… Além de frequentar os Gordon’s da General Osório e o do final do Leblon…
Mais tarde, já na faculdade, frequentei a night, nos Baixos (Leblon, Gávea e Botafogo). Usufruía amplamente dos benefícios da cidade em que morava…

O tempo foi passando e o trabalho apertou. Sem perceber, passava mais e mais tempo dentro do escritório e já mal percebia as montanhas, o céu e os tantos lugares de minha adolescência. Ás vezes, um pequeno interlúdio, para alegrar amigos turistas. Assim conheci o Pão de Açúcar, voltei ao Corcovado e acompanhei alguns desfiles de carnaval. Morei por um breve período num apartamento com vista espetacular, mas já não apreciava tanto…
Mudei-me para São Paulo, onde aprendi a amar a dureza cinzenta de seus prédios e o pôr-do-sol emoldurado por concreto. Refestelava-me nos muitos restaurantes e no amor de tantos amigos queridos. E o Rio era uma distante lembrança, uma passagem veloz nos fins-de-semana, entre a casa de um e outro parente.
Agora retornei. De fato, retornei.  Andando nas ruas, redescobri o lado pedestre que me aguardava paciente desde meus primeiros anos aqui.  Retomei o contato com a vizinhança, a observação de pessoas na rua. E tenho sido feliz, apesar da incivilidade de alguns cidadãos…
Por isso queria convidar todos, cariocas ou não, a redescobrir a cidade, compartilhando recentes programas que alegraram meu coração:

Primeiro, o CCBB, onde fui ver a maravilhosa exposição de Cora Coralina, infelizmente já encerrada. Vi também o Escher, lanchei, passeei na Livraria. Subi no elevador maravilhoso com funcionárias cordiais. Só não pude retornar á Biblioteca, fechada para obras. Tenho saudades de muitas horas de estudo para vestibular que passei lá.
Depois, uma deliciosa visita ao Theatro Municipal, aberto para tours em horários diversos até julho deste ano, pela modesta quantia de dez reais.  Todo reformado, lindo e com uma vista para a cidade do Foyer que é indescrítivel… O Salão Assírio, recém-reformado, está espetacular.

Lucrécio Brasil

Da Praia, eu já falei. Mas continuo enamorada, especialmente após sofrer assédio interminável de ambulantes na Praia do Francês.  Ter tudo perto, mas sob demanda apenas. Um luxo…
E você, como anda explorando a sua cidade? Um mundo de surpresas e momentos felizes está ao alcance de seus dedos…

Serviço:
Theatro Municipal:
Horário da bilheteria: 10h às 18h

Bilheteria: Av. Almirante Barroso, 14 / 16 (Prédio anexo do Theatro Municipal)
Telefones para agendar visitas: 21-2332-9191 e 2332-9134

CCBB:
Rua Primeiro de Março, 66
Terça a domingo, 9h ás 21h
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