Procura-se imperfeitos

 Em diversidade, escolha, Maternidade, reflexão, vida pedestre

Quem não sofre com aquele “defeito” persecutório? O peso, o nariz “fora do lugar”, o cabelo “ruim” e outras demandas nossas e dos outros?

Eu sofro com meus quilos a mais. Apesar de me considerar uma mulher bonita, ressinto-me das roupas que ficam apertadas e parecem nunca cair bem.
Só que a minha onda, eu até seguro.
Mas agora sou mãe e o amor pelos meus filhos desperta novas angústias. Num mundo de meninas anoréxicas e rapazes inseguros, onde estarão as sementes para a autoestima dos meus pequenos?
Mas Viver Mais Simples é seguir um caminho próprio e preocupar-se não leva ninguém muito longe.
Por isso proponho abrirmos o debate: Como semear a aceitação dos imperfeitos?

Francisco Botero

Meu ponto de vista:


Dar o exemplo
O primeiro passo para ensinar alguma coisa a meus filhos, é fazer eu mesma.
“Seja a mudança que você deseja ver no mundo”
Mahatma Gandhi
Cada vez mais, vejo que falar não muda as coisas. Fazer é o que inspira, dá credibilidade e prova as intenções.
Sim, sofro com meu  peso. Mas não faço loucuras para emagrecer. E sei que eu sou responsável pelo corpo que tenho.
Procurar aceitar nossos próprios defeitos e os dos outros. E quando falharmos, pedir desculpas e refazer de uma nova maneira, se possível.
Elogiar o esforço, o trabalho, o amor. 
Possibilidades em ação, uma forma bonita de ilustrar nossas crenças.
Quem ama o feio, bonito lhe parece
Mostrar diversos tipos de beleza. Admirar diversos tipos de beleza: a bondade, a resiliência, o amor à família.
Falar sobre países diferentes, mostrar povos diferentes. Lembrar que só existe uma raça, a humana.
Duas fontes de inspiração minhas são Todd Parr e Keith Haring.
Expectativa e ansiedade
Nossa exigência consigo e com o outro pode ser uma fonte de ansiedade para nossos filhos.
Meu filho mais velho é magrinho e volta e meia me perguntava: “estou magro demais?”. Alguns amiguinhos o chamavam de “magrelo” e ele sofria.
Eu sempre me agarro na verdade ensinada por uma das auxiliares da antiga escola dele: “Cada um tem seu jeitinho”.  Magro ou gordo, o que vale é o que está por dentro. 
Sou muito crítica, portanto me policio para não massacrá-los com tanta demanda de fazer tudo certo. Difícil. Mas estou aprendendo.

Convidar o diferente para sua vida
Ser pedestre faz uma grande diferença na vida de minha família. Andar na rua, entre mendigos e as crianças especiais da escola aqui perto…
Tudo isso faz parte do meu plano de mostrar coloridos vários para meus filhos.
Também falei de minha experiência com dois esquizofrênicos em uma peça de teatro. Ver o diferente de perto, aproxima.

Não há f’órmula nem garantia de que as imagens irreais projetadas em toda revista ou programa não vão marcar nossos filhos. Só podemos seguir atentos, fazendo o nosso melhor para apoiá-los neste duro desafio de ser si mesmo.

E você? Qual sua sugestão para que nós e nossos filhos tenham direito à uma beleza única e imperfeita?
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