Sobre paredes

 Em caminho próprio, mudança, solidão

“Era uma casa
muito engraçada
Não tinha teto
não tinha nada
(…)
Ninguém podia dormir na rede
porque na casa não tinha parede
(…)
Mas era feita com muito esmero, na rua dos Bobos, número zero”
Vinícius de Moraes

http://ineednicethings.com/

Desde muito novos, aprendemos a respeitar paredes.
A história dos três porquinhos nos ensina que é preciso estar protegido, amparado por resistentes paredes de tijolo.
Não é um pensamento totalmente dispensável.
O perigo é pensarmos que todas as paredes devem ser iguais.
Sólidas, porém rígidas.
Nós crescemos. Expandimos nossos horizontes. E, muitas vezes, estamos aprisionados em um lugar apertado, onde não cabem nossas asas.
Steve Jobs foi um grande sacudidor de paredes. E um dos que propunha um modelo diferente. Um mundo onde pudéssemos seguir um caminho mais nosso, mesmo que chacoalhando alguns tijolos.  É assustador, sem dúvida.  E muito solitário, como tenho percebido em alguns momentos.
Às vezes, nossos melhores amigos ou os parentes mais próxmos de nós podem assustar-se com tanto movimento.
Afinal, nos conheciam de um jeito.  Enquanto seguíamos na trilha usual, tinhamos mais em comum.
É desconfortável reaprender o outro quando ele se torna um pouco do  mesmo e um pouco outra coisa.
Respeito este sentimento.
E não acho que devamos sair por aí derrubando paredes a torto e a direito. Mas é possível repensar nossos limites.  Estudar novas formas de estar no mundo.
É preciso abrir a porta e olhar lá fora. Caminhar um pouco no jardim.
É provável que encontremos outras possibilidades
Para fechar, um clima meio “yellow submarine” e um convite para olharmos além das paredes de nossas vidas…
Boa jornada!

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