Vida de quintal

 Em boas ideias, equilíbrio, lazer, sou fã

Este fim-de-semana, presenteei a família com um agrado especial, após tantos meses de transição, adaptação e vida nova. Fomos todos á Fazenda do Serrote, garimpado no blog Amigas da Pracinha e já visitado por comadre Érica.

Eu poderia discorrer por longas linhas sobre o que fizemos e o quanto desfrutamos, que foi muito. Mas prefiro falar do poder do sonho. O sonho de Flávio e Ana Paula, idealizadores do conceito Fazenda do Serrote.

O lugar é mágico, com arquitetura de fazenda de café salpicada de pérolas na forma de móveis, fotos antigas e peças de decoração artesanais. Tudo é antigo e outras lembranças de um tempo das avós. Mas com luxos de hoje (ofurô no quarto, vó Gisa não tinha…). E até aqui só falei da matéria, que é linda no Serrote, mas não é o mais belo.
O mais belo é a simplicidade tão contemporânea, a autenticidade.   A proposta é sustentável (toda madeira é de demolição),  o espirito de gentileza em todas as partes… Meu carro (alugado) foi lavado antes de minha saída. A delicadeza no check out… O sotaque manso dos funcionários mineiros.  As flores frescas na roupa de cama, no banheiro.
E tudo é a realização do sonho de uma família. Não é um hotel, é uma proposta de vida, me diz Ana Paula.  Flávio me mostra fotos do que foi a Fazenda Serrote. E não era nada. Era mato puro, abandono, sem janelas nem portas.
E do amor de Flávio e Ana Paula, foi virando múltiplos espaços cheios de carinho, para acolher o coração de todos nós. 

Choveu na festa junina, primeira vez na vida.  E Flávio e Ana Paula de um lado para o outro, enxugando tudo com os funcionários.  Até que Flávio, declara: “mas é um presente! Chuva é abundância!” E  meu avô Celso, lá de cima, aprova.
Quase tudo que se espera de um hotel charmoso, do mais alto nível está lá.  E o que não há, está sendo feito, como o projeto para profissionalizar a recreação.
Mas o que encanta é o que não se vê em nenhum outro lado.  Iluminado pelas velas do salão de refeições, emoldurado pelos paninhos de croché por todos os cantos, ao redor dos quadrinhos, ora com informações, ora com versos. Por todo lado, o indescrítivel sentimento de quintal.  O quintal ancestral de todos nós, onde somos meninos e sonhamos. Para mim, que vivi em quintais de verdade, uma nostalgia e um alento. Para outros, uma descoberta. Obrigada, Flávio e Ana Paula. Vida longa ao sonho de vocês!

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