WDS por Lucrécio Brasil – Parte II

 Em Lucrécio Brasil, WDS

Lucrécio estreou neste blog contando o primeiro dia do WDS. Como prometido, agora vamos compartilhar a visão dele sobre o segundo dia…
E esperarmos ansiosamente pelos próximos escritos, alimentados pela força desta aventura de nós dois…

How to live a remarkable life in a conventional world?

Para quem está chegando agora, esta é a continuação de um post sobre o evento World Domination Summit que aconteceu em Portland, Oregon, em julho deste ano.

Vamos dar uma olhada no segundo dia do evento e conversar sobre superpoderes, viagens, sobre não seguir sua paixão (?!?!?!) e uma surpresa.


Dia #2                                                                      

“You have to do something with your superpowers.”
(Você precisa fazer algo com seus super-poderes)
Chris Brogan
O dia começou com a palestra de Chris Brogan. Com certeza uma das mais divertidas de todas. Cada pessoa que chegava na sala, ganhava um card da Marvel com um super herói (ou super vilão). Em cada card, uma descrição das habilidades do personagem. E este era o tema da palestra: superpoderes. Como identificar seus superpoderes? Não precisa ser super força, voar, armadura high tech. Pode ser o super poder de motivar, de articular, de sentir empatia. Mas eles têm que ser postos a serviço de algo. Imagine se o homem-aranha tivesse todos aqueles poderes e passasse o resto da vida trabalhando no Bob’s? Podia até dar filme, mas ia ser um bem ruim. Você já identificou seus superpoderes? Sim? Então encontre um super time e a receita do sucesso está pronta. Lembre-se: use os seus super poderes para o bem.
Depois de muitas risadas, foi a vez do Dan e da Audrey contarem para a gente como é passar 5 anos viajando pelo mundo. E para lugares como o Tajiquistão, Irã, Georgia etc. Eles trouxeram uma mensagem de simplicidade, da importância de conhecer os lugares através das pessoas, de ser generoso, formar laços e caminhar juntos.  Afinal, sucesso pessoal é ótimo, sucesso compartilhado é sublime.
“Focus on what you have, don’t dwell on what you don’t.”
(Foque no que você tem, e não se prenda no que não tem.)
Neste momento, chegou a hora da palestra mais desafiadora do evento, Cal Newport, para dizer para todos: “Não siga sua paixão!”. Parecia a antitese de tudo que tinha sido falado no evento até o momento. Silêncio. Mas, na verdade, sua mensagem era bem menos polêmica e extremamente prática: não tente adivinhar sua paixão antes de começar a agir, faça algo que tenha valor e no qual você pode ser tornar bom o suficiente, para começar a negociar com o mercado suas escolhas de vida. E fez um alerta. Provavelmente quando você estiver muito bom em algo é exatamente o momento no qual você vai ser mais pressionado para se adaptar ao status quo. Resumindo:

  • *      Escolha algo interessante;
  • *      Desenvolva sua competência;
  • *      Use esta competência como moeda de troca para viabilizar as suas escolhas de vida.

Terminada a primeira sessão de palestras, almoço. Um pouco de descanso. E fomos para os workshops.

Meu primeiro workshop foi com a Pamela Slim. Lembrando, os workshops eram atividades rápidas com facilitação de um palestrante ou de algum outro participante do evento. Esse era sobre o tema: 13 maneiras de inspirar a sua audiência. Super bem humorada, ela foi demonstrando cada uma das técnicas com a ajuda da platéia. Aqui estão algumas delas:

  • *      Mude a disposição das pessoas na sala. O formato influencia a dinâmica da conversa;
  • *      Pesquise sobre a sua audiência antes do evento. Se não for possível, uma simples troca de palavras com alguns participantes na entrada da sala já ajuda;
  • *      Repita as questões para ter certeza que você entendeu e toda a audiência também;
  • *      Conte histórias. Elas engajam a pessoas;
  • *      Deixe um rastro ao final. Um email, um
    papel, um link. Alguma coisa que permita a construção do relacionamento após o evento.
“Thou shalt do
EPIC Sh*t that
actually matters.”
(Farás coisas épicas que realmente importam.)
Jonathan Fields
O segundo workshop, com Jonathan Fields, falou sobre os dez mandamentos para criar um negócio épico. Foi marcante que devemos combater o conceito de que existe uma quantidade fixa de sucesso e que sempre que alguém aumenta a sua fatia deste bolo, está diminuindo a fatia de alguém. Não é uma boa metáfora. O sucesso se multiplica e se expande. Outro mandamento importante: Treine, aja e confronte o medo. A ação inicial é essencial, mas temos que alcançar um estágio de ação contínua e sustentável.
Voltando dos workshops, um painel com vários dos participantes do evento, contando suas histórias de superação e de empreendedorismo. Alternando segmentos de histórias de dois ou cinco minutos. Uma impressionante coleção de superpoderes, ações e sucessos. Ficou a frase de um senhor que, após ser demitido do emprego, começou a fazer arte com balões em restaurantes e eventos: Have fun and show up! (Divirta-se e compareça!).
“Thinking about writing does not make you a writer. Writing makes you a writer.”
(Pensar sobre escrever não te faz um escritor. Escrever te faz um escritor.)
J. D. Roth
Finalizando, J. D. Roth falando sobre transformação pessoal. E lá foi ele contando suas batalhas para controlar as finanças, melhorar a saúde, relacionamentos etc. E o segredo? É simples: pratique o sim, se coloque em situações de possibilidades (e vulnerabilidade), improvise e tenha foco. Primeiro o mais importante. Como naquele exercício onde temos algumas pedras e areia para colocar em um vidro. Se colocarmos a areia primeiro, ela ocupa o fundo. As pedras, colocadas depois, não cabem. Coloque as pedras primeiro (as grandes coisas), e depois a areia (as pequenas coisas) vai se acomodando nas frestas. Tudo cabe.
E acabou…
Quer dizer, eu achei que tinha acabado.
Mas tinha uma surpresa.
O nosso anfitrião, Chris Guillebeau, voltou ao palco para fechar o evento. Disse então, que uma pessoa o tinha procurado querendo fazer uma doação. Como o evento não é patrocinado (intencionalmente), a oferta ia ser recusada. Mas a pessoa insistiu em fazer uma doação anônima. Então, eles perceberam que existia uma saída criativa. A quantia que foi ofertada daria, aproximadamente, $100 por participante. E eles decidiram fazer um investimento. Um investimento em pessoas e no seu poder de mobilização e realização. Afinal, foi isso que celebramos durante estes dois dias. Um a um, fomos saindo do teatro e recebendo um envelope. Dentro, uma nota de cem dólares, e o cartão abaixo.

Emocionante.
Até a próxima!
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